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UM GOLE DO UNIVERSO

em crônicas

Em 2016 coloquei como uma das metas do ano "Aprender a fazer um bom nhoque", mas foi só no final de 2018 que finalmente fiz um nhoque com cara e sabor de nhoque. Um prato que eu pensei "Eu pagaria por isso em um restaurante. Não pagaria muito caro, mas pagaria". E considerando meus talentos gastronômicos, pra mim isso foi uma baita conquista, que só foi possível porque eu me empenhei muito mais do que nos anos anteriores. Em um mês eu fiz mais nhoques (e tentativas de nhoques) do que a soma de todas as tentativas dos dois anos anteriores. Eu aprendi empiricamente que a repetição constante é um importante hábito para aprendermos a fazer algo que exige técnica, tal como escrever... Que é uma das minhas metas de 2019 :)

  • Foto do escritorKaren Harumi

(2)7 Dresses

Atualizado: 25 de set. de 2020

Há uma semana meu primo me convidou para ser madrinha do seu casamento e eu não podia estar mais feliz e surpresa! Quem diria que deixam uma criança de cinco anos casar legalmente?!


[Tá, ok. Ele não tem 5 anos, mas por mais que eu já o tenha visto adulto tantas vezes, sempre que penso nele a primeira lembrança que vem na minha mente é dele pequeninho desenhando na parede.]


Toda vez que alguém me convida para ser madrinha eu sinto como se eu ganhasse o Oscar de Pessoa Bacana. Eu fico extremamente entusiasmada e lisonjeada; fico pensativa, relembrando vários momentos da história que poderiam ter me levado ao privilegiado título de madrinha. Eu incrivelmente já ganhei 8 Oscars até aqui, eu me sinto a Meryl Streep da amizade. E igualzinho eu imagino que seria numa celebração no tapete vermelho, logo depois da felicidade da nomeação, minha mente pipocou "E O VESTIDO?!".


Pois aí que tá. A experiência já me ensinou que tal honra vem com uma grande responsabilidade: usar um vestido que agrade aos noivos, que esteja dentro do meu orçamento e que segure os meus peitos pra eu não sair nas fotos arrumando eles a cada 5 segundos. A última exigência parece a mais simples de todas, mas é a única que eu nunca consegui atingir com 100% de satisfação.


Com tantas experiências como madrinha eu me lembrei de meados de 2015, quando eu morava com a Ems e numa das nossas noites de filme ela escolheu Vestida para Casar (27 Dresses no original, que significa 27 vestidos) e contou que era um dos seus filmes favoritos. Ela adora comédias românticas e foi nessa mesma época que eu descobri que eu sou fã de uns filmes bem mais ou menos. Uns filmes que ninguém entende porque eu quero ver (nem eu mesma) e ela é uma das poucas que assistia comigo até o final (mais do que eu, considerando que eu sempre dormia no meio).


MAS VOLTANDO: Nesse filme, Vestida para Casar, uma moça é madrinha de casamento 27 vezes e por isso tem 27 vestidos de madrinha. Eu não lembro da história do filme, mas no final eu sei que ela fica com um cara bonitão, mais bonitão que o cara bonitão que ela começa apaixonada no filme - sei disso porque é uma das premissas de comédias românticas: "Você não está olhando para o que está do seu lado", inclusive acabei de olhar 3x pra ter certeza que também não estou deixando nada passar, mas do meu lado só tem uma caneca com pinga, limão e mel e um abajur (lindo, mas não sei se casaria com ele).


Enfim, o que eu realmente lembro desse filme foi do pensamento que eu tenho até hoje quando me falam dele:


"Cara, ou ela é muito rica pra ficar comprando presentes de casamento (porque afinal, se espera bons presentes de madrinhas e padrinhos) e todo mundo a convida porque quer ganhar uma geladeira e sabe que ela pode pagar, ou ela é muuuito legal a ponto de se dar muito bem com 27 pessoas no mundo que acreditam na simbologia do casamento ou ao menos veem benefício neste contrato social".


E tudo isso me parecia mesmo muito ficção. E olha que tenho muitos amigos, muitos deles já casados e alguns em vias de, mas 27 casamentos como madrinha é exagero mesmo. Eu ainda não estou nem na metade desse número e já to achando coisa demais!


EXISTEM 8 PESSOAS NO MUNDO QUE SE LEMBRARAM DE MIM

EM UM DOS SEUS MOMENTOS MAIS FELIZES!!!


Isso não é doido??


Eu acho isso o máximo!!!


Caramba!! É coisa demais sim!


Não só porque eu não enxergo de longe e cai muito bem estar ali perto pra poder ver tudo de camarote, mas porque eu me sinto muito amada, já que eu sei que eu não dou presentes legais como eu tanto queria dar (eu nunca dei uma geladeira, por exemplo).


E, além da empolgação e da exibição de que eu devo ser uma pessoa legal mesmo não comprando geladeiras, tudo isso me deixou extremamente inspirada pra contar sobre As Sagas dos Vestidos de Madrinha! Longe de serem icônicos como os vestidos do filme (ainda bem), ainda assim acho que será bacana lembrar como algo que depois fica guardado por 80 anos no guarda-roupa, antes foi tão simbólico...


...Mas pra esse texto não ficar (muito mais) gigante, o resto virá em (vamos torcer) pequenas doses sucintas de lembranças, mas por hoje, boa noite e deixo a dica mais sábia que aprendi com os meus 8 convites como madrinha: guarde o máximo de dinheiro que conseguir para comprar a sua própria geladeira. Inclusive encontrei um outlet bem interessante de uma geladeira que até conecta no Spotify e Netflix, vou deixar essa indicação caso alguém tenha economizado bastante (ou só para as outras pessoas passarem vontade junto comigo).


...and the Oscar for best Windows Paint Effect goes to...

KAREN HARUMI


(clap clap clap clap)

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